O advogado e porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, tem protagonizado sucessivas intervenções públicas no âmbito do diferendo em curso com o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e das negociações mediadas pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação, liderado por Pedro Nuno Santos.
No dia 1 de agosto, aliás, André Matias de Almeida anunciou que a ANTRAM vai processar o advogado do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, por ter “proferido afirmações falsas, gravemente difamatórias e injuriosas”, numa entrevista à RTP3. “As falsidades proferidas naquela entrevista são de tal forma graves – e contraditórias com documentos que aquele representante não pode desconhecer – que a ANTRAM não poderá deixar de agir na defesa intransigente do bom nome das empresas que representa e que pagam os seus impostos”, informou através de comunicado.
Esse protagonismo resultou numa série de publicações nas redes sociais indicando que é militante do PS e foi nomeado para dois cargos pelo atual Governo do PS. Confirma-se a veracidade dessa informação? Verificação de factos.
Ora, André Matias de Almeida é um dos associados principais da Albuquerque & Almeida, sociedade de advogados, onde acumula as funções de “coordenador da área de venture capital e co-coordenador da área de private equity“.
Em maio de 2017, André Matias de Almeida foi nomeado para o cargo de presidente do Conselho Geral do Fundo Autónomo à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE). E em junho de 2017 foi nomeado para o cargo de presidente do Conselho Geral do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE). As duas nomeações foram efetuadas pelo então secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.
Por outro lado, as mesmas publicações nas redes sociais também indicam que André Matias de Almeida é irmão de Bruno Matias Almeida, adjunto do secretário de Estado da Economia, João Correia Neves, desde outubro de 2018. E ainda que André Matias de Almeida é militante do PS.
Estas informações foram noticiadas em primeira mão pelo jornal “Sol”, a 13 de julho de 2019, e confirmadas agora pelo Polígrafo. As publicações em análise baseiam-se em factos comprovados e verdadeiros desse mesmo artigo.
Avaliação do Polígrafo: