“O ministro do Mar foi inaugurar um ecoponto. Querem que repita? Ou é suficiente para entenderem a palhaçada de país onde vivemos? Um ministro foi inaugurar um caixote do lixo. Pronto. É só isto. Literalmente, só isto”, indica-se na mensagem associada a uma das publicações em causa, denunciada como sendo fake news por vários utilizadores do Facebook.
Confirma-se que o ministro do Mar “foi inaugurar um ecoponto” em Cascais?
Sim, mas não se trata de um ecoponto convencional e está integrado num projeto mais amplo.
No dia 14 de julho de 2020, de acordo com um comunicado do Governo, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, juntamente com a presidente da Docapesca, participou na inauguração de um ecoponto marítimo e no lançamento do projeto “A Pesca por um Mar Sem Lixo” em Cascais, onde incentivou os pescadores a participarem “enquanto elementos fundamentais deste projeto”.
“O projeto, coordenado pela Docapesca – Portos e Lotas, S.A. com o apoio da APLM – Associação Portuguesa do Lixo Marinho, promove a recolha dos resíduos gerados a bordo e apanhados nas artes de pesca, disponibilizando contentores para as embarcações e infraestruturas adequadas para a sua receção em terra para posterior valorização. Cascais é o 15º porto de pesca a nível nacional onde o projeto está a funcionar”, salienta-se no comunicado.
Na cerimónia, promovida pela Câmara Municipal de Cascais, o ministro lembrou que “em 30 anos se conseguiu melhorar de forma significativa a situação de derrames de petróleo no mar, mas os plásticos ficaram para trás e continuaram a contaminar os nossos mares, as nossas costas e a nossa vida marinha“. Para Ricardo Serrão Santos, “só parando a quantidade de plástico que vai para o ambiente marinho se pode reduzir o número cetáceos, de aves, de répteis e de peixes que morrem à fome, apesar de terem o estômago cheio de plástico”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é: