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Número de “trabalhadores em processo de despedimento coletivo” deste ano é o maior desde 2013, como afirmou Pedro Nuno Santos?

Política
O que está em causa?
O secretário-geral do PS, num comício em Braga, afirmou que era preciso "recuar ao primeiro trimestre de 2013" para encontrar tantos trabalhadores "sob processo de despedimento coletivo" como no primeiro trimestre de 2025. Fonte oficial do PS confirmou ao Polígrafo que Pedro Nuno Santos se referia aos trabalhadores em processos de despedimento coletivo iniciados este ano.
© Agência Lusa / José Sena Goulão

Este domingo, 11 de maio, no comício do PS em Braga, Pedro Nuno Santos decidou grande parte do seu discurso a lançar uma série de críticas ao atual Executivo de Luís Montenegro. Sobre a situação económica em Portugal, o secretário-geral socialista lembrou que “quando as empresas começam a vender menos”, os trabalhadores também são quem sofre no fim. A este propósito acusou o Governo de deixar ao país “um número de trabalhadores em processo de despedimento coletivo recorde, desde os últimos 12 anos”.

“Tínhamos de recuar ao primeiro trimestre de 2013, em plena ´troika´, para termos o mesmo número de trabalhadores sob despedimento coletivo”, apontou. Mas terá mesmo razão?

Ao Polígrafo, fonte oficial da campanha de Pedro Nuno Santos confirmou que o secretário-geral do PS se referia ao número de trabalhadores em processos de despedimento que arrancaram em 2025.

Segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em 2025, até março, havia 2.390 trabalhadores em processos de despedimento coletivo iniciados.

Desde 2013 – ano indicado por Pedro Nuno Santos -, o número de trabalhadores nesta situação no primeiro trimestre de cada ano era o seguinte: 3.321 em 2013; 1.866 em 2014; 1.708 em 2015; 1.468 em 2016; 805 em 2017; 1.279 em 2018; 813 em 2019; 1.614 em 2020; 1.393 em 2021; 821 em 2022; 1.116 em 2023 e 1.629 em 2024.

Confirma-se, assim, que a frase de Pedro Nuno Santos é verdadeira. O número de trabalhadores em processos de despedimentos coletivos iniciados no primeiro trimestre do ano – 2.390 – é o mais elevado desde 2013, quando havia 3.321 trabalhadores nesta situação.

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Avaliação do Polígrafo:

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