Este domingo, 11 de maio, no comício do PS em Braga, Pedro Nuno Santos decidou grande parte do seu discurso a lançar uma série de críticas ao atual Executivo de Luís Montenegro. Sobre a situação económica em Portugal, o secretário-geral socialista lembrou que “quando as empresas começam a vender menos”, os trabalhadores também são quem sofre no fim. A este propósito acusou o Governo de deixar ao país “um número de trabalhadores em processo de despedimento coletivo recorde, desde os últimos 12 anos”.
“Tínhamos de recuar ao primeiro trimestre de 2013, em plena ´troika´, para termos o mesmo número de trabalhadores sob despedimento coletivo”, apontou. Mas terá mesmo razão?
Ao Polígrafo, fonte oficial da campanha de Pedro Nuno Santos confirmou que o secretário-geral do PS se referia ao número de trabalhadores em processos de despedimento que arrancaram em 2025.
Segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em 2025, até março, havia 2.390 trabalhadores em processos de despedimento coletivo iniciados.
Desde 2013 – ano indicado por Pedro Nuno Santos -, o número de trabalhadores nesta situação no primeiro trimestre de cada ano era o seguinte: 3.321 em 2013; 1.866 em 2014; 1.708 em 2015; 1.468 em 2016; 805 em 2017; 1.279 em 2018; 813 em 2019; 1.614 em 2020; 1.393 em 2021; 821 em 2022; 1.116 em 2023 e 1.629 em 2024.
Confirma-se, assim, que a frase de Pedro Nuno Santos é verdadeira. O número de trabalhadores em processos de despedimentos coletivos iniciados no primeiro trimestre do ano – 2.390 – é o mais elevado desde 2013, quando havia 3.321 trabalhadores nesta situação.
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Avaliação do Polígrafo: