Em Portugal serão implementados 10 radares de velocidade média em 20 localizações diferentes, segundo detalhou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) à Renascença. Estes são equipamentos que medem a velocidade média praticada entre o ponto A e B, mas nas redes sociais já se alerta que este mesmo equipamento está a ser retirado de França por falta de rentabilidade. 

"Segundo os meios de comunicação franceses, França vai abandonar os radares de velocidade média. A razão é simples... não são rentáveis! O sistema é caro na aquisição e manutenção, e são necessárias várias câmaras de registo das matrículas. Do que se sabe, estes radares registam uma média de 5.000 infrações por ano, quando outro tipo de radares podem alcançar as 14.000 infrações anuais", detalha-se no Facebook no dia 23 de maio. 

O mesmo post descreve ainda que "ao contrário dos radares fixos e móveis, os de velocidade média não indicam a velocidade instantânea dos veículos, mas antes calculam se os mesmos andaram mais depressa do que o permitido entre dois pontos de um determinado trajeto".

Mas será verdade que França já determinou a retirada destes equipamentos?

Não há decisão oficial em relação à retirada definitiva destes radares, mas existe uma substituição. "Não há vontade da  delegação de segurança rodoviária de retirar os radares de velocidade média para dar preferência a radares fixos. Serão, de facto, substituídos os dispositivos antigos por dispositivos de nova geração", cita o jornal regional Ouest France.

A associação de defesa dos automobilistas "40 milhões de motoristas" afirma que "a Segurança Rodoviária decidiu retirar progressivamente as centenas de dispositivos instalados nas estradas e substituí-los por outros modelos. Uma política inaceitável que mais uma vez coloca a saúde dos cofres do Estado à frente da segurança dos automobilistas". E justifica esta substituição com o custo dos aparelhos "tanto na manutenção quanto na instalação".

Ao jornal Actu.fr, a Segurança Rodoviária nega que tenha decidido retirar totalmente os radares das estradas por falta de rentabilidade, afirmando que isso "não tem fundamento". A entidade defende que "não há um desaparecimento dos radares de velocidade média, mas uma modernização"

Em suma, não foi anunciado nem pelo Ministério do Interior nem pelo departamento de Segurança Rodoviária que estes aparelhos seriam definitivamente retirados por falta de rentabilidade, como alegou a associação nacional de defesa dos automobilistas. No entanto, ambas as entidades admitiram estar a existir uma substituição destes aparelhos no sentido de os modernizar.

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