Finalizado o apuramento de todas as freguesias do território nacional, faltando apenas os 24 consulados dos dois círculos do estrangeiro (e respetivos quatro mandatos de deputados por atribuir), o PS está na segunda posição com 1.394.491 votos (23,38% do total) e 58 mandatos. A curta distância do Chega, na terceira posição, com 1.345.575 votos (22,56% do total) e igualmente 58 mandatos.
Em números absolutos, não é o pior resultado de sempre do PS. Embora a putativa ultrapassagem pelo Chega possa até vir a ser mais relevante – do ponto de vista político – do que a ligeira vantagem na percentagem de votos e número de mandatos face a eleições legislativas realizadas há cerca de quatro décadas.
De qualquer modo, o facto é que, em 1985, sob a liderança de António de Almeida Santos, o PS obteve 1.204.321 votos (20,77% do total) e 57 mandatos. Ou seja, números inferiores aos registados por Pedro Nuno Santos em 2025 (no que concerne ao número total de votos, importa ter em conta que o universo eleitoral cresceu ao longo das últimas décadas).
Outro elemento a ter em atenção é que essas eleições legislativas de 1985 foram marcadas pelo epifenómeno do PRD que conquistou 1.038.893 votos (17,92% do total) e 45 mandatos, naquele que foi o maior abalo ao bipartidarismo em Portugal (predomínio e alternância de poder entre PS e PSD) até à mais recente irrupção do Chega.
Nas legislativas seguintes, em 1987, sob a liderança de Vítor Constâncio, o PS obteve 1.262.506 votos (22,24% do total) e 60 mandatos. Apesar de ter neste momento uma percentagem ligeiramente superior, o resultado de Pedro Nuno Santos em 2025 deverá ficar aquém no número de mandatos.
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Avaliação do Polígrafo: