“Os números de 2022 sempre desmentem a narrativa cor de rosa de António Costa do PS. Portugal apenas a duas posições do final da tabela em produtividade. Só a Eslováquia e a Grécia estão piores que Portugal”, pode ler-se numa publicação partilhada a 29 de outubro na rede social Facebook.

O “post” é acompanhado de uma imagem com um gráfico, supostamente referente a 2022, onde se indica que os níveis de produtividade do trabalho no país ascendem aos 72,1% - só à frente dos 71,1% da Eslováquia e dos 66,4% da Grécia.

Confirma-se esta informação?

FB

O gráfico que acompanha a publicação aqui analisada consta de um artigo do jornal “ECO”, publicado a 4 de agosto deste ano, onde se informa que há “seis anos que Portugal está a afundar no ranking da produtividade europeia”. Para tal constatação, o meio de comunicação citado recorreu a dados do Eurostat relativos ao seguinte indicador: “P​​rodutividade nominal do trabalho por pessoa empregada."

De facto, os dados que nos apresenta esta publicação são coincidentes com os veiculados pelo “ECO”: Portugal aparece como o terceiro pior país da Zona Euro no que diz respeito ao nível de produtividade do trabalho (72,1%), à frente apenas da Eslováquia (71,1%) e da Grécia (66,4%).

Porém, o gabinete de estatísticas da União Europeia atualizou estes dados referentes a 2022 em outubro, pelo que o gráfico está a ser usado de modo descontextualizado. Atualmente, entre os vários países da Zona Euro, Portugal trata-se do quarto com menor produtividade (75,7%), numa contabilização face à média da União Europeia. Pior só a Letónia (74,6%), Eslováquia (73,3%) e Grécia (70,4%). Importa notar, ainda assim, que se tratam de dados provisórios, no caso de alguns destes países.

Em suma, a alegação apresentada nas redes sociais está desatualizada e, por isso, descontextualizada.

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