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Nesta década, Diogo Costa é o 2.º melhor guarda-redes do mundo de seleções no desempate por penáltis

Polígrafo Futebol
O que está em causa?
Diogo Costa voltou a ser decisivo para Portugal em estádios alemães, desta vez para a Liga das Nações. Com a década a meio, apenas um guarda-redes no mundo o supera na eficácia nas grandes penalidades em eliminatórias das fases finais de grandes competições de seleções.

 

Ao defender o penálti de Morata, o único dos nove apontados na final da Liga das Nações que não teve sucesso, Diogo Costa fez a diferença no desempate entre os dois países ibéricos. O guarda-redes do FC Porto tinha sido ainda mais determinante o ano passado (Euro 2024) quando, nos oitavos de final, também na Alemanha (Frankfurt), defendeu todas (3) as grandes penalidades apontadas pela Eslovénia, eliminada ainda antes de se chegar à 4.ª conversão.

Nesta década (aquela em que Diogo Costa se afirmou como titular da seleção A), houve 21 desempates pela marcação de grandes penalidades nas fases a eliminar das maiores competições de seleções, seja ela global (Mundial) ou continental (Europeu, Liga das Nações e Copa América).

O Polígrafo Futebol calculou a eficácia dos guarda-redes neste momento determinante das provas de seleções.

Não contabilizou como defendidas as grandes penalidades falhadas sem intervenção dos donos das balizas (aos postes ou para fora). Comparou somente aqueles que participaram, pelo menos, em dois desempates (num único, a amostra poderia desvirtuar o resultado). E, naturalmente, excluiu as situações em que, apesar de se tratar da mesma seleção, o dono da baliza não ter sido o mesmo: França (Lloris renunciou à seleção e foi substituído por Maignan, que já foi o adversário de Portugal no Euro 2024); Uruguai (Muslera fez o mesmo que Lloris antes da Copa América 2024) e Canadá (Dayne St. Clair foi expulso no prolongamento do jogo dos 3.º/4.º lugares da Copa América 2024 e não participou daquele que seria o segundo desempate por penáltis do seu país naquela prova).

Espanha é a rainha das eliminatórias decididas em grandes penalidades (5 só nesta década), seguida da Argentina (4 e todas com sucesso) e de uma série de seleções com 3 destes desempates (Portugal, França, Suíça, Croácia e Uruguai). Com 2 jogos decididos em penáltis estão Itália, Inglaterra, Brasil Canadá e Colômbia.

Assim, o melhor guarda-redes de seleções da década no desempate por penáltis é o argentino Emiliano Martínez, que defendeu quase metade das penalidades (9 em 19).  Graças às suas defesas, no Mundial 2022, a Argentina eliminou os Países Baixos nos quartos de final e bateu a França na final. O desempenho do guarda-redes do Aston Villa também foi bastante importante para a Argentina se ter sagrado bicampeã da Copa América: 3 penáltis defendidos nas meias-finais da edição de 2021 (contra a Colômbia) e outros 3 nos quartos de final na de 2024 (contra o Equador).

Diogo Costa, com 33,3% de eficácia, é o 2.º melhor guarda-redes, a par de Pickford (Inglaterra), mas este exposto a menos grandes penalidades (9, ocorridas em 2 desempates).

 

 

Ranking de eficácia dos guarda-redes de seleções nesta década (Campeonato da Europa, Campeonato do Mundo, Liga das Nações e Copa América)*

 

Lugar Guarda-redes (país) Penáltis defendidos % do total
1.º Emiliano Martínez (Argentina) 9/19 47,4%
 

 

2.º

Diogo Costa (Portugal)

 

Pickford (Inglaterra)

 

4/12

 

 

3/9

33,3%

 

 

33,3%

4.º Donnarumma (Itália) 3/10 30%
5.º Livakovic (Croácia) 4/14 28,6%
 

 

6.º

David Ospina (Colômbia)

 

Sergio Rochet (Uruguai)

 

2/8

 

 

2/8

25%

 

 

25%

8.º Unai Simón (Espanha) 5/23 21,7%
9.º Sommer (Suíça) 2/15 13,3%
10.º Alisson Becker (Brasil) 1/9 11,1%
11.º Lloris (França) 0/9 0%

*Somente aqueles que participaram, pelo menos, em dois desempates por penáltis

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