- O que está em causa?Além de ter provocado a queda do Governo de António Costa, a "Operação Influencer" poderá ainda colocar em risco os investimentos relacionados com os negócios que estão a ser alvo de investigação: do lítio ao hidrogénio verde, passando pelo megacentro de processamento de dados em Sines. Negócios que - alega-se nas redes sociais - beneficiam de "€23,5 mil milhões de fundos do PRR". É verdade?

"Ah… Entre o hidrogénio, lítio e Centro de Dados, estima-se 23,5 mil milhões de euros de fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]! Grande festança", destaca-se num post de 13 de novembro no Facebook, enviado ao Polígrafo com pedido de verificação de factos.
Em causa está uma reação no Facebook às mais recentes notícias relacionadas com os investimentos que ficam em risco na sequência da "Operação Influencer" - que levou, além do mais, à queda do Governo de António Costa.

Confirma-se que esses negócios do lítio, hidrogénio e Centro de Dados recebem "23,5 mil milhões de euros de fundos do PRR"?
A publicação em causa baseia-se, aparentemente, em contas feitas pelo "Jornal de Negócios". O referido meio de comunicação social informou que, somando os investimentos associados aos projetos do lítio, hidrogénio verde e Centro de Dados en Sines, o montante ascende a "mais de 23,5 mil milhões de euros que Costa não quer ver fugir de Portugal".
No entanto, este valor corresponde sobretudo a investimentos de empresas privadas - da Galp à Start Campus, passando pela chinesa CALB e a sueca Northvolt, entre outras - e não inteiramente a fundos do PRR.
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Avaliação do Polígrafo:
