Durante a entrevista que concedeu à TVI, António Costa aproveitou para deixar uma novidade: a hora legal (com hora de Verão) não vai mudar em Portugal. O Primeiro-Ministro não utilizou argumentos políticos para justificar a sua opção: “Vale a pena seguir o que é a informação da ciência. Se a ciência entende que o regime horário mais adequado é este, quem sou eu para dizer o contrário?”, interrogou o líder do Executivo.
Costa refere-se a um relatório encomendado pelo Governo ao Observatório Astronómico de Lisboa no sentido de determinar o impacto da mudança de hora em Portugal. A conclusão é clara: ““A discussão detalhada da atual hora legal mostra que é a melhor solução para o país”. Mais: “(…) todas as outras possibilidades que por vezes são debatidas ou são piores ou muito piores”.
O documento explicita quais são essas possibilidades:
- Com a hora legal em UTC (Tempo Universal Coordenado) e sem hora de Verão, o sol nasceria por volta das 5 horas. Tradução: “uma madrugada de sol desaproveitada seguida de um final de tarde com menos uma hora de sol”
- Para uma hora legal de UTC+1 e sem hora de Verão, o sol nasceria entre as 7h45 e as 9 horas durante cinco meses do ano, mas sempre depois das 8 horas da manhã de Novembro a Fevereiro
- Se a hora legal for UTC+1 e existir hora de verão, a noite escura só começará depois da meia-noite desde o início de junho a meados de julho.
Face a estes dados, o Observatório Astronómico de Lisboa conclui que o bem-estar da população (que sofreria impactos negativos na regulação do relógio biológico) impõe a continuidade do modelo atual.
Por tudo isto, a afirmação de António Costa é…