Depois de uma tarde a devorar episódios da série “Golden Girls” (em Portugal foi emitida pela RTP sob o título “Sarilhos com Elas”), com muito champanhe pelo meio e o som da televisão no mínimo, para permitir aos presentes a recriação os diálogos, mas bem mais apimentados do que os originais, o quarteto composto pelos comediantes Kenny Everett e Cleo Rocos, Freddie Mercury e a princesa Diana decidiu continuar a festa noutras paragens.
Diana perguntou aos restantes elementos do grupo o que planeavam fazer à noite. O destino seria o bar gay Royal Vauxhall Tavern. Diana insistiu em manter-se com o grupo, enquanto Rocos e Everett tentaram dissuadi-la, antecipando os títulos dos jornais no dia seguinte, caso fosse “apanhada” pelos paparazzi, escreve a “Vanity Fair”. Seria o excêntrico líder dos Queen a resolver a situação, sublinha aquela revista: “Vá lá. Deixem a rapariga divertir-se!” E seguiram para a noite, não sem antes delinearem um plano para evitar dissabores mediáticos.
Sendo um elemento da família real, Diana seria sempre o centro das atenções e a saída poderia revelar-se um pesadelo. Foi então que, antes de avançarem para o Royal Vauxhall Tavern, decidiram transformar Diana num modelo masculino, para assegurar o anonimato, escreve o “The Telegraph”.
A história é contada com todos os detalhes por Cleo Rocos na sua autobiografia, “The Power of Positive Drinking”. Rocos assegura que Diana “parecia um jovem muito bonito” e que terá passado uma noite muito divertida, tendo dito ao grupo que “tinham que repetir”.
O “New Musical Express” encontrou, no livro de Rocos, a formulação do desafio daquela tarde: “decidimos que o ícone mais famoso do mundo moderno poderia – poderia – passar por um modelo masculino gay vestido de uma forma bastante excêntrica”.
O desafio foi superado, como descreve Cleo Rocos, e Diana conseguiu passar despercebida no club gay: “Estava cheio. Foi preciso uma eternidade para chegarmos ao bar, com pessoas atrás de pessoas a cumprimentar-nos. Foi absolutamente fantástico e excitante, de uma forma bizarra. Os nossos corações saltavam à medida que cada corpo peludo coberto de cabedal se aproximava. Mas ninguém – absolutamente ninguém – reconheceu Diana.”
Quando, finalmente, conseguiram chegar ao bar, “Diana e Freddie estavam a rir. Ela pediu vinho branco e uma cerveja. Concluída a transação, olhámos uns para os outros, unidos nesta nossa aventura. Conseguimos!”
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