Em múltiplas publicações nas redes sociais difunde-se a acusação de que o Padrão de S. Lázaro em Creixomil, concelho de Guimarães, classificado como monumento nacional, foi alvo de um ataque perpetrado por “imigrantes paquistaneses“, resultando na sua destruição.
“Ações imigrantes islâmicas em Portugal, nas redes sociais internacionais. Destruição do Padrão de S. Lázaro em Guimarães”, destaca-se num post de 1 de agosto no Facebook, remetendo para um tweet em que se exibe uma imagem do monumento quebrado e caído no chão, apontando no mesmo sentido: “o Padrão de S. Lázaro em Portugal, construído em 1386, foi destruído ontem [31 de julho] por imigrantes paquistaneses”.
Mas será mesmo assim?
O monumento surgiu destruído na noite de terça-feira, dia 30 de julho, desconhecendo-se, até ao momento, se teria sido um caso de vandalismo ou acidente. Segundo a Junta de Freguesia de Creixomil, em nota publicada no Facebook, a Polícia Municipal esteve no local, “onde procedeu ao isolamento do monumento”, e foi acionada a PSP para “tomar conta da ocorrência”.
“Património cultural de Guimarães na freguesia de Creixomil ficou mais pobre. Esta terça-feira, pelas 22 horas, o monumento de património nacional – Padrão de S. Lázaro, situado na rua D. João I, foi alvo de acidente e ou eventual vandalismo“, lê-se na publicação feita no dia 31 de julho.
Desde então não foi adiantado nenhum outro pormenor pela Junta de Freguesia. Mais tarde, o Ministério da Cultura indicou que “face à gravidade da situação, o Património Cultural/Instituto Público operacionalizou a deslocação de uma equipa técnica a Guimarães, no sentido de avaliar, não apenas os danos materiais causados ao cruzeiro derrubado e fragmentado, mas também para diligenciar sobre as condições da sua recuperação e ponderar estratégias futuras de salvaguarda”.
“Os fragmentos foram, entretanto, recolhidos pela Câmara Municipal de Guimarães”, acrescentou o ministério.
Contactada esta sexta-feira pelo Polígrafo, a PSP indica que não “há qualquer indício” de que o ato esteja ligado a imigrantes e as causas estão ainda por apurar.
“Não temos qualquer informação nesse sentido, de que haja qualquer conexão com indivíduos de nacionalidade estrangeira ou de qualquer religião”, sublinha a autoridade acrescentando que o caso está agora nas mãos da Polícia Judiciária.
Quanto às causas, a PSP explica que “ainda não são conhecidas”, portanto “não se sabe se é criminal ou se serão causas naturais”. O caso mantém-se sob investigação.
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Avaliação do Polígrafo: