"Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, recebe algo de um habitante no momento que o cumprimentava. O que será? E porque é que escondeu?". A dúvida é deixada no ar propositadamente, para dar aso a alegações como o uso de droga/toxicodependência, que de resto já foram imputadas a Miguel Albuquerque. No "X", antigo "Twitter", um vídeo em que o Presidente do Governo Regional da Madeira troca um cumprimento (e não só) com um madeirense está a dar que falar, mas a história não envolve, ao contrário do que se afirma nas redes sociais, qualquer tipo de ilegalidade.

miguel Albuquerque

O vídeo de cerca de 8 segundos foi retirado de uma peça da RTP Madeira, transmitida no último domingo (10), sobre o dia de arranque da campanha eleitoral do presidente do Governo regional. Miguel Albuquerque inaugurava as obras de canalização dos ribeiros do Trapiche e da Casa Branca em Santo António, cujos trabalhos custaram 3 milhões de euros, mas o foco esteve num gesto do social-democrata.

No vídeo completo, aos 33 segundos, Albuquerque é gravado a aproximar-se dos habitantes para os cumprimentar: o segundo a dar a mão ao Presidente do Governo Regional não deixa Miguel Albuquerque de mãos vazias. Foi sobre o objeto que terá sido transmitido entre os dois que os utilizadores das redes sociais criaram várias teorias, uma das quais relacionada com a aquisição de estupefacientes.

Ao Polígrafo, o Governo Regional nega por completo a narrativa criada em torno do vídeo e confirma que Miguel Albuquerque recebeu, do morador - com quem de resto já tinha conversado - um cartão de contacto, que foi minutos depois dado ao seu adjunto para que fosse guardado.

Esta não é a primeira vez que Miguel Albuquerque é alvo de desconfiança relativa à utilização de estupefacientes, já que em 2019, ano em que foi reeleito Presidente, foi obrigado a desmentir aquilo que apelidou como um "boato nojento" sobre toxicodependência. Num programa televisivo, Albuquerque explicou a origem da teoria, que começou com uma ida ao hospital quando, por via de um problema renal, foi obrigado a recorrer a um catéter.

"Nessa sequência, começaram do ponto de vista político a lançar um boato terrível a dizer que eu era toxicodependente. Isso é um boato nojento de pessoas sem escrúpulos", considerou o social-democrata.

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