- O que está em causa?Num pedido de esclarecimento ao Primeiro-Ministro, durante o debate da moção de censura apresentada pelo Chega, o líder parlamentar do PSD alegou que o país conta atualmente com “mais meio milhão de portugueses sem médico de família” do que em 2015. Os números confirmam-se?

Em pleno debate da moção de censura do Chega ao Governo, o líder do Grupo Parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, criticou a gestão do Executivo socialista na área da saúde. “Temos um pior sistema de saúde hoje do que tínhamos em 2015”, afirmou, aludindo ao ano em que António Costa assumiu o seu primeiro mandato enquanto Primeiro-Ministro.
Na sua argumentação, apontou igualmente, acerca das lacunas que afirmou reconhecer no Serviço Nacional de Saúde (SNS): “Temos hoje mais meio milhão de portugueses sem médico de família do que tínhamos em 2015.”
As declarações de Joaquim Miranda Sarmento são fundamentadas?
Olhando para os últimos dados disponibilizados no portal “Transparência” do SNS (Serviço Nacional de Saúde), contabilizavam-se, em agosto deste ano, 1,6 milhões de utentes sem médico de família. Os números mais antigos nesta plataforma remontam a janeiro de 2016 e mostram que 1,05 milhões de cidadãos se encontravam numa situação semelhante.
Contas feitas, são cerca de 550 mil portugueses a mais que estão sem médico de família, em comparação com o início da governação de António Costa, em 2015 - tal como tinha estimado o líder da bancada social-democrata, em “meio milhão”.
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