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Moçambique. Veículo blindado das Forças Armadas destruiu portão de armazém para a população saquear produtos?

Internacional
O que está em causa?
Vídeo partilhado viralmente nas redes sociais mostra supostamente o momento em que "carro militar destrói entrada de armazém para facilitar a entrada da população". Verdadeiro ou falso?

Do Facebook ao WhatsApp e Instagram, o vídeo parece exibir um aglomerado de pessoas junto à porta de um armazém, sobretudo populares mas também alguns militares. Surge então um veículo blindado militar que avança contra a porta do edifício, derrubando-a, para gáudio das pessoas que começam a entrar no estabelecimento.

“Carro militar destrói entrada de armazém para facilitar a entrada da população“, descreve-se nas publicações em causa.

Terá ocorrido em Moçambique, envolvendo militares das Forças Armadas de Moçambique (FADM), de acordo com essas mesmas publicações.

Depois de tomar conhecimento da circulação do vídeo nas redes sociais, porém, o Ministério da Defesa Nacional reagiu em comunicado de imprensa, desmentindo a autenticidade do vídeo.

“O vídeo gravado e editado de forma a sugerir que as FADM estavam apoiando atos de vandalismo por arrombamento não reflete a realidade dos eventos”, lê-se no comunicado das FADM.

As FADM garantem que o veículo “foi mobilizado para dispersar os tumultuosos e impedir o acesso indevido ao armazém, com a intenção de bloquear o portão e evitar que fosse vandalizado e pilhado. A tentativa não foi bem-sucedida, devido à grandeza do veículo e da sua manobrabilidade, no local em causa, e a narrativa apresentada no vídeo é completamente distorcida“.

Por outro lado, as FADM indicam que estão a investigar o sucedido.

“O incidente em questão está sendo objeto de inquérito, para apurar responsabilidades e garantir que ações e regras de empenhamento sejam devidamente seguidas por todas as equipas em missão de serviço. As FADM apelam à população para colaborar com as FADM e respeitar os apelos no cumprimento das leis e na preservação das infra-estruturas públicas e privadas”, sublinham.

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Avaliação do Polígrafo:

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