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Moçambique já regista casos de Mpox (varíola dos macacos) confirmados?

Internacional
O que está em causa?
Numa publicação no Facebook destaca-se que já terão sido detetados casos de pessoas infetadas com Mpox em Moçambique. Alega-se também que as autoridades sanitárias não estão a saber identificar o problema.
© Agência Lusa / Luísa Nhantumbo

No dia 2 de setembro, uma internauta escreveu na sua página do Facebook que “Moçambique já apresenta, sim, casos de varíola dos macacos”, garantindo que “muitas crianças têm a doença, só que as unidades sanitárias não estão a saber identificar o problema”.

Ora, a publicação foi feita em reação a um texto que a emissora M. Rádio – Maputo difundiu nas suas redes sociais, a 29 de Agosto, informando que Moçambique estava “livre da varíola dos macacos”.

Confirma-se que Moçambique já tem casos confirmados de varíola dos macacos?

Não. Dados das autoridades da saúde de Moçambique indicam que o país não regista casos de Mpox (ou varíola dos macacos). O Ministério da Saúde de Moçambique assegurou, no dia 26 de agosto, que o país continua sem casos positivos de Mpox, após análises a sete casos suspeitos da doença registados entre 14 e 26 do referido mês.

As províncias moçambicanas de Sofala, no centro de Moçambique, e Maputo, no Sul do país, anunciaram a criação de pontos de isolamento para prevenir eventuais casos de Mpox.

Além de Sofala, a província de Maputo também ativou o plano de resposta, que inclui igualmente a criação de pontos de isolamento e o reforço de controlo fronteiriço.

O Instituto Nacional de Saúde (INS) moçambicano garantiu à Agência Lusa, no dia 26 de Agosto, que está em prontidão laboratorial máxima para fazer a testagem de casos suspeitos de Mpox no país, acreditando que pode responder a qualquer demanda.

“Em termos de testagem, estamos em prontidão laboratorial máxima. Temos capacidade de aumentar a nossa capacidade e a nossa dinâmica, se for necessário, mas o número de suspeitos [ainda] é baixo, não nos parece que a curto prazo essa seja a nossa preocupação”, afirmou o diretor nacional do INS, Eduardo Samo Gudo.

A 30 de agosto, também em declarações à Agência Lusa, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, pediu um reforço de medidas de prevenção face ao registo de casos positivos do vírus Mpox em países vizinhos de Moçambique.

“Vamos continuar a [tomar medidas] porque os vizinhos lá do outro lado já têm um ou dois casos“, declarou Nyusi, durante a inauguração do Hospital Geral da Beira, em Sofala, centro de Moçambique.

Nyusi disse ainda que o Ministério da Saúde moçambicano está preocupado e vai procurar travar a eclosão de eventuais casos de Mpox no país, reforçando o pedido para a tomada de medidas de prevenção da doença.

“Já expliquei que as medidas são quase iguais às da Covid-19: lavar as mãos, evitar abraçar de qualquer maneira e usar o álcool [para desinfetar]. Como já sabemos, o álcool já entrou na nossa moda e mesmo depois da Covid-19 ganhámos o hábito de lavar as mãos”, sublinhou.

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Avaliação do Polígrafo:

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