No dia 6 de outubro, na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o comissário para a Justiça Intergeracional, Juventude, Cultura e Desporto sublinhou o papel da atividade física no combate de problemas de saúde como as doenças cardiovasculares e a diabetes. Lembrou, também, a importância destas práticas na promoção da saúde mental.
“Porque uma das grandes pandemias do nosso tempo não é um vírus, mas a crise silenciosa da saúde mental. E são sobretudo os nossos jovens os mais afetados por isto”, começou por afirmar Glenn Micallef. A título de exemplo, acrescentou: “Os dados mostram que 50% dos jovens europeus, metade da nossa juventude, reportam necessidades sem resposta em matéria de saúde mental.”
Confirma-se?
A afirmação do comissário maltês tem sustentação no relatório “Health at Glance: Europe 2022” da OCDE. De acordo com o documento, na primavera desse ano 49% dos jovens europeus reportavam “necessidades não respondidas” em cuidados de saúde mental. “Mais do dobro da proporção de população adulta (23%).”
Os relatórios referentes aos anos de 2023 e 2024 não incluem informação detalhada sobre o assunto, pelo que continuam a ser utilizados os dados de 2022 quer noutros estudos – como o caso de um relatório da Fundação Z Zurique, publicado em 2025 -, quer em comunicações oficiais da Comissão Europeia.
Tendo em conta que a percentagem indicada pelo comissário é muito próxima da que é mencionada no relatório da OCDE, a sua afirmação merece o carimbo “verdadeiro”.
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