A publicação surge periodicamente nas redes sociais, mas com diferentes meses indicados. Desta divulga-se este fenómeno alegadamente raro, a que “os chineses chamam de ‘bolso cheio de dinheiro'”, em que o mês de maio se apresenta com um alinhamento em que teremos cinco sextas-feiras, cinco sábados e cinco domingos que só acontece “uma vez a cada 823 anos”.
“Então, envie esta mensagem a todos os seus amigos e dentro de quatro dias o dinheiro irá surpreender-te. Baseado no Feng Shui chinês, quem não transmitir esta mensagem pode perder a grande chance… Eu estou fazendo a minha parte, nunca se sabe”, apela-se.

Esta alegação tem fundamento?
Não. Este ano, maio apresenta-se com cinco sextas-feira, quatro sábados e quatro domingos. Também não se verifica esse fenómeno em 2023, 2022 ou 2021. Chegando a 2020, aí sim é verdade que o mês de maio era composto por cinco sextas-feiras, cinco sábados e cinco domingos, isto porque se trata de um mês com 31 dias que começa precisamente numa sexta-feira.
A ser verdade que este alinhamento só aconteceria uma vez a cada 823 anos, então a última vez teria sido em 1197, o que não se confirma. Se recuarmos a 2015 encontramos novamente o mês de maio com este alinhamento e, novamente, em 2009.
Ou seja, o alinhamento em causa não é, de todo, raro. Acontece em todos os anos em que o 1.º de maio se assinala a uma sexta-feira, e, sendo um mês com 31 dias, é possível a existência deste “fenómeno” sempre que se cumpra esta circunstância (1 de maio a uma sexta-feira).
A alegação de que um determinado alinhamento de dias – seja em maio ou em qualquer outro mês – acontece a cada 823 anos é recorrente. Em 2023, o Polígrafo já tinha verificado uma teoria parecida mas referente a dezembro ou ao mês de fevereiro em que o fenómeno se chamaria “Miracleln”.
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Avaliação do Polígrafo: