Interpelando diretamente a ministra responsável pela pasta, Ana Paula Martins, a deputada Mariana Vieira da Silva (PS) pediu que fossem fornecidos, aos deputados, todos os dados que permitissem “uma discussão com transparência” sobre as “opções” do Governo em matéria de Saúde.
“O PS não tem, ao contrário do que muitas vezes se diz nestas bancadas, uma posição de partida contra o recurso ao setor privado quando é necessário”, apontou a ex-ministra da Presidência, clarificando que o grupo parlamentar do qual faz parte tem, no entanto, “tem uma posição de partida de clareza e de transparência sobre essas opções”.
É que, segundo acusou ainda, “nada disso existe neste Orçamento” do Estado, elaborando que “não há uma única escolha que a senhora ministra faz que possa ser escrutinada”. E exemplificou: “Pesquisa a palavra ‘INEM’ na nota explicativa e não há nenhuma referência.”
Confirma-se?
Consultando a nota explicativa divulgada pelo Ministério da Saúde a propósito da proposta de Orçamento do Estado para 2025, verifica-se, de facto, que não há qualquer referência às expressões “INEM” ou “Instituto Nacional de Emergência Médica”.
Nem mesmo outros termos comumente associados às funções desempenhadas por esta entidade, como “emergência pré-hospitalar” ou simplesmente “emergência” ou “pré-hospitalar”, merecem qualquer menção no documento citado. Pelo que resta considerar a afirmação proferida por Mariana Vieira da Silva como verdadeira.
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Avaliação do Polígrafo: