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Mapa que retrata território do Irão cercado por bases militares dos EUA é real?

Internacional
O que está em causa?
Imagem está a ser partilhada viralmente nas redes sociais - inclusive por Elon Musk no X/Twitter - depois do ataque com mísseis e "drones" iranianos lançados contra Israel na madrugada de 14 de abril. Confirma-se que os EUA mantêm bases militares em quase todos os países que rodeiam o território do Irão?

O Irão quer a guerra. Vejam quão perto eles colocam o seu país em relação às nossas bases militares”, ironiza-se na legenda do mapa que está a ser partilhado viralmente nas redes sociais, até pelo empresário norte-americano Elon Musk no X/Twitter.

Surgiu no contexto do ataque com mísseis e drones iranianos que foram lançados contra Israel na madrugada de 14 de abril e da especulação que se gerou em torno das intenções e objetivos do regime do Irão.

Através deste mapa sugere-se que uma das causas do ataque terá sido o aparente cerco do território do Irão por bases militares dos Estados Unidos da América (EUA) que, sublinhe-se, ajudaram Israel a neutralizar os mísseis e drones iranianos.

Mas independentemente dessas considerações subjetivas que extravasam o perímetro deste artigo de verificação de factos, o problema é que a informação transmitida no mapa não é verdadeira.

Na realidade, os EUA mantêm atualmente bases ou instalações militares nos países situados a Oeste e Sul do Irão, nomeadamente no Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrein, Qatar, Omã e Emirados Árabes Unidos.

Contudo, o mesmo não se aplica aos três países situados na fronteira Leste do Irão, a saber: Paquistão, Afeganistão e Turquemenistão.

No que respeita ao Afeganistão, importa lembrar que os EUA retiraram todas as forças militares desse país em agosto de 2021, por decisão da Administração de Joe Biden – quase duas décadas após a intervenção militar na sequência dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 em território norte-americano.

Também não há registo de bases militares dos EUA em países da fronteira Norte do Irão, como a Arménia e o Azerbaijão.

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Avaliação do Polígrafo:

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