“Portugal não tem um único político nacionalista ou com interesse em fazer algo por Portugal, tem os loucos todos no Parlamento. Dar este cargo a quem quer matar o homem branco é o mesmo que colocar uma criança nas mãos de um pedófilo”, argumenta publicação que denuncia um novo contrato no Governo.
Desta vez o visado é Mamadou Ba, que chegou a ser membro do CICDR – Conselho Permanente da Comissão Nacional para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (2015-2019), um cargo que acabou por envolver o ativista em várias fake news. Mas confirma-se que Mamadou Ba é membro de um grupo de trabalho do Governo?
Sim, mas a publicação está desatualizada (e transmite informação imprecisa). O ativista é membro do Grupo de Trabalho para a Prevenção e o Combate ao Racismo e à Discriminação desde 8 de janeiro de 2021, ou seja, há mais de dois anos. O despacho n.º 309-A/2021 nomeou Ba e outras 14 pessoas para fazerem parte do grupo que já entregou ao Governo vários relatórios.
Em conclusão, a publicação, sendo verdadeira, transmite uma informação desatualizada (relativa ao ano de 2021). Mamadou Ba é um alvo constante de “posts” descontextualizados, como este (em que Ba é acusado de querer matar o homem branco) ou este. Em março de 2021, era referido nas redes sociais que Ba se mantinha como membro da CICDR e decidia sanções sobre casos de racismo denunciados pelo próprio. Esta informação veio a verificar-se falsa.
De acordo com a sua biografia, Ba fez parte do Grupo de Trabalho para o Censo 2021 e foi também membro do Fórum Permanente da Década Internacional para os Afrodescendentes. “Pertence ao Movimento SOS Racismo, desde 1999. Em 2020, integrou a o Jurí da Competição Internacional do Festival Indie Lisboa. É atualmente membro do Grupo de Trabalho Nacional para a Prevenção e Luta contra a Discriminação Racial e do Steering Committee of the Equinox Initiative for Racial Justice”, lê-se.
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