“Qualquer sentido de auto-preservação étnica é moralmente inaceitável. É tempo de os portugueses abraçarem a sua extinção de uma vez por todas”. Esta frase está a ser partilhada nas redes sociais e em grupos de WhatsApp como tendo feito parte do discurso de 10 de Junho de Lídia Jorge, escritora portuguesa.
Mas será que estas declarações são verdadeiras?
Não. Em momento algum do discurso de Lídia Jorge, que presidiu às comemorações do 10 de Junho, foi dito que “é tempo de os portugueses aceitarem a sua extinção”. Esta montagem, que recorre ao design do jornal “Expresso” para ter credibilidade, surge depois da também conselheira de Estado ter condenado de forma clara o racismo e de ter dito que não existem portugueses de “sangue puro”.
Segundo Lídia Jorge, no discurso de cerca de meia hora, “a falácia da ascendência única não tem correspondência com a realidade” e “em pleno século XVII, 10% da população portuguesa teria origem africana”.
O semanário “Expresso” também já desmentiu estas publicações, que continuam a somar gostos e partilhas, em críticas cerradas à alegada postura de Lídia Jorge. Tudo baseado em declarações que nunca foram proferidas.
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