De acordo com uma publicação de 16 de junho no Facebook, o “jovem que atacou o ator d’A Barraca foi identificado. É do Nepal. Não tem nada a ver com extrema-direita! Juízo!”
Em causa está a agressão contra Adérito Lopes, ator da companhia de teatro A Barraca, em Lisboa, no dia 10 de junho, à entrada para um espetáculo de homenagem a Luís de Camões, intitulado como “Amor é um fogo que arde sem se ver”.
A diretora da companhia, Maria do Céu Guerra, testemunhou que por volta das 20h, estavam os atores a chegar ao Teatro Cinearte, no Largo de Santos, quando se cruzaram à porta ‘com um grupo de neonazis com cartazes, programas’, com várias frases xenófobas, que começaram por provocar uma das atrizes. ‘Entretanto, os outros atores estavam a chegar. Dois foram provocados e um terceiro [Adérito Lopes] foi agredido violentamente, ficou com um olho ferido, um grande corte na cara'”, reportou a Agência Lusa.
Entretanto, no dia 13 de junho, o jovem identificado como tendo sido o autor das agressões concedeu uma entrevista à TVI em que negou ter qualquer ligação a grupos neonazis ou de extrema-direita. Nesse sentido explicou que só foi a um almoço organizado pelo movimento “Blood and Honour” a convite de um amigo e porque havia “copos grátis”.
Nessa entrevista, o indivíduo disse que é de uma família de portugueses, embora tenha vivido “um ano em Moçambique”. Não faz qualquer referência ao Nepal.
No mesmo dia, o mesmo jovem deu outra entrevista ao jornal “Público”, em que também não há qualquer indicação de que seja “do Nepal”.
De resto, nas demais notícias sobre este caso de violência refere-se que é um jovem português. A alegação de que terá sido identificado como sendo “do Nepal” não tem fundamento.
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