Esta sexta-feira, 14 de fevereiro, durante o debate acerca do conteúdo da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua sublinhou a importância da unidade curricular para ensinar às crianças, por exemplo, “a defenderem-se de abusadores sexuais” e a “distinguir entre aquilo que é um comportamento afetivo normal daquilo que é um aliciamento para abuso sexual de menores”.
No final da sua intervenção, a deputada do BE afirmou ainda que “a maioria dos abusos sexuais de menores acontecem dentro da família”. Será verdade?
De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2023 – o mais recente – em 51,4% dos casos de abuso sexual de menores registados nesse ano o agressor era familiar da vítima.
O mesmo documento detalha ainda que apenas 23,5% dos agressores eram conhecidos da vítima e apenas 9,1% eram desconhecidos.
Em maio de 2024, no mesmo sentido, Carlos Farinha, diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária, confirmou ao “Diário de Notícias” que, em 2023, “mais de metade dos crimes acontecem em contexto familiar, seja o contexto familiar direto, os próprios pais, ou indireto mas próximo, como sejam avós ou tios”.
É, portanto, verdade que “a maioria dos abusos sexuais de menores acontecem dentro da família”, tal como afirmou Joana Mortágua, deputada do BE.
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