“Bruxelas? Já lhe chamam Belga-kistão. Mais de 30% da população é muçulmana, em bairros como Molenbeek são a maioria. A capital da União Europeia tornou-se um manual de como destruir identidade, segurança e cultura em nome do politicamente correto”, alerta o deputado Pedro Santos Frazão, do partido Chega, em recente publicação no Facebook e outras redes sociais.
O dirigente do Chega profere estas declarações num vídeo gravado no interior de um automóvel, enquanto circula pelas ruas de Bruxelas. “Nesta cidade agora quase uma em cada três pessoas são muçulmanas”, sublinha.
Posto isto, defende que “Portugal ainda vai a tempo. O Chega não deixará que Lisboa vire o próximo Belga-kistão“.
Confirma-se que “mais de 30% da população de Bruxelas é muçulmana”?
Não. As instituições oficiais de estatística da Bélgica não recolhem dados sobre a confissão religiosa dos cidadãos. No entanto, vários inquéritos divulgados na última década (pode consultar aqui ou aqui) apontam para 20% a 25% da população de Bruxelas como sendo muçulmana, incluindo muçulmanos não praticantes.
Além da inexistência de estatísticas oficiais, não há qualquer inquérito em que se estime que “mais de 30% da população de Bruxelas” seja muçulmana.
Importa ainda realçar que cerca de 40% da população de Bruxelas tem origem estrangeira, ao que não será alheio o facto de sediar várias instituições da União Europeia. E que a percentagem de muçulmanos na população total da Bélgica – de 6% a 7% – está muito abaixo da estimada na região da capital Bruxelas.
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