“O povo está sendo enganado. Vejam onde é que a picada da Pfizer está sendo produzida. Aliás, não importa o laboratório. Todas estão sendo financiadas pela Fundação Bill e Melinda Gates! Bandidos”, descreve-se na legenda da imagem partilhada nas redes sociais. Assinalado a vermelho pode ler-se “made in China” (produzido na China).
A imagem em causa é autêntica?
Na página da empresa farmacêutica Pfizer não encontramos qualquer informação no sentido de que a nova vacina contra a Covid-19 tenha o formato de uma recarga de cigarro electrónico ou vaporizador.
Aliás, conforme consta nas informações oficiais, a vacina é injetada na parte superior do braço e tem duas doses que são administradas com um intervalo de 21 dias.
A agência de notícias Reuters questionou a empresa que, na resposta, garantiu que a imagem é falsa.
A indicação de que a vacina é produzida na China também é falsa. Tal como a empresa informou através de comunicado, a vacina está a ser produzida através de uma parceria entre a Pfizer e a BioNTech na Alemanha, Bélgica e EUA.
Acrescem outros elementos que colocam a veracidade da imagem em causa, ao observar-se o invólucro. Na embalagem, a Pfizer é descrita como tendo desenvolvido “o comprimido da ereção”, numa alusão ao “viagra”, que é utilizado para o tratamento da disfunção eréctil nos homens. Não é claro se a fotografia começou por ser partilhada como uma brincadeira, mas muitos internautas estão a propagar a mesma como se fosse real.
Em Portugal, o processo de vacinação arrancou este domingo, 27 de dezembro. Terá duas doses e será gratuita, facultativa e universal. Numa primeira fase foram selecionados “os profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes Covid-19” de cinco centros hospitalares do Serviço Nacional de Saúde: o Centro Hospital Universitário de São João, o Centro Hospitalar Universitário do Porto, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.
A primeira vacina foi administrada às 10h07m, com o médico António Sarmento, de 65 anos de idade, diretor do serviço de Infecciologia do Hospital de São João, a receber pelas mãos da enfermeira Isabel Ribeiro a primeira dose.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
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