O líder da bancada parlamentar do PSD reagiu esta tarde às medidas aprovadas pelo Governo para a descida do IRS, ao mesmo tempo que criticou as palavras da oposição, na pessoa de Pedro Nuno Santos, que disse, horas antes, não ver esperança nem ambição na proposta apresentada pelo PM Luís Montenegro.
“Vamos ter ainda de a analisar com mais detalhe, porque tudo aquilo que agora sairá deste Governo exige muito cuidado e muita cautela, para não sermos enganados”, disse Pedro Nuno, que destacou ainda que “dá para perceber que os ganhos que os portugueses vão ter com a proposta do PSD são ganhos residuais”.
“Hoje percebe-se melhor porque é que o Governo da AD tentou criar o truque de incluir na sua medida os 1.300 milhões de euros do Partido Socialista: é porque, obviamente, a sua proposta não era de nenhum grande alívio fiscal”, rematou.
Hugo Soares, que deixou no ar a pergunta crucial – vai o PS votar a favor desta descida do IRS – lembrou ainda que a oposição “não tinha, no seu programa eleitoral, nenhum alívio fiscal sobre os contribuintes portugueses”. Mas não é verdade.
O documento com as medidas eleitorais do Partido Socialista é claro quanto à descida do IRS: as suas propostas envolviam “reforças a redução do IRS para a classe média, dentro da margem orçamental, diminuindo as taxas marginais”, além de “atualizar os limites dos escalões de acordo com a taxa de inflação, impedindo que os contribuintes vejam a sua tributação aumentar por este efeito”.
Mais, o PS prometia “alargar o IRS Jovem a todos os jovens, independentemente do nível de escolaridade atingido, por uma questão de justiça e coerência interna à medida” e ainda “aumentar a despesa dedutível com arrendamento em 50 euros por ano até atingir os 800 euros em 2028, aliviando as famílias com esta despesa fundamental”.
Os socialistas previam ainda medidas ao nível do IRC e do IVA, uma informação que Hugo Soares não partilhou com os jornalistas e que torna a sua declaração falsa.
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