A publicação data de 27 de julho e começa por deixar um alerta: “Pessoal que anda nas estradas pela noite, o meu marido [estava a conduzir] esta madrugada às 3h da manhã em Monção [quando] algo lhe bateu contra o carro, partindo uma peça da porta. Sentiu um barulho estranho e água a escorrer pelo vidro, mas como é óbvio não parou pois é uma estrada sem luz e algo podia acontecer, quando chegou a casa viu que tinha o espelho retrovisor fechado e faltava-lhe a tal peça na porta.”
Depois do susto, o casal terá ido ao local. “Hoje pela manhã fomos ao local, encontrámos a peça e agarrada a ela estava um balão cinza rebentado (a meu ver era algum espertinho que queria fazê-lo parar no meio da escuridão e sabe-se lá o que podia acontecer)”, conta a autora do relato.
Exibem-se também cinco fotografias que supostamente comprovam o sucedido, um aparente novo esquema de “carjacking”.
O que é o “carjacking”? “É um fenómeno criminal que consiste, essencialmente, no roubo de veículos na presença ou proximidade do seu proprietário, que vê a sua integridade física ameaçada, geralmente com recurso a arma branca ou de fogo”, descreve-se na página do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) .
Neste sentido, o Polígrafo questionou a Guarda Nacional Republicana (GNR) sobre se há queixas de casos similares que pudessem constituir um padrão. Em resposta, a GNR indicou que “não tem registo de qualquer ocorrência que possa confirmar os factos relatados”.
Ainda assim, aconselha os automobilistas a denunciarem situações como esta ou “qualquer outro crime”.
“A GNR relembra ainda que a denúncia deste e qualquer outro crime é extremamente importante, para que os recursos existentes sejam empenhados segundo uma lógica de prioridades, após ponderação e análise dos vários critérios de decisão, sendo fundamental o conhecimento das ocorrências/situações que se vão verificando na zona de ação”, sublinha.
Acrescenta também que é necessária “a formalização de queixa ou informação de situações que possam enquadrar algum ilícito criminal” por parte de vítimas ou lesados para que haja uma “monitorização do fenómeno e gestão operacional dos recursos disponíveis para áreas onde o crime poderá ser mais incidente”.
De resto, na página do IMT são dados alguns conselhos no sentido de evitar situações de “carjacking”.
No caso referido na publicação, em que o condutor estava a circular na estrada, aconselha-se a conduzir “com as portas trancadas e as janelas fechadas” e a manter “espaço suficiente para se afastar rapidamente, em caso de necessidade” quando parar num semáforo. Mais, “não se apresse para chegar a um semáforo e parar”, pois o ideal é manter o carro em movimento.
Outros conselhos passam por evitar “conduzir em locais desconhecidos” ou “de noite a horas tardias e de manhã muito cedo, quando não há trânsito”. De qualquer modo, “se tiver de viajar durante a noite, não vá sozinho”, nem com “objetos de valor à vista“.
E cuidado ao parar. Quando o fizer “para deixar sair ocupantes do seu veículo, não se afaste sem verificar que entraram em segurança nas suas viaturas”.
____________________________
Avaliação do Polígrafo: