Apesar das sucessivas quedas e de ter atingido um mínimo histórico em fevereiro deste ano, aquando do início da invasão russa na Ucrânia, o rublo voltou aos números de 2020 e já recuperou os valores máximos dos últimos dois anos. Além disso, de acordo com recente publicação no Facebook, depois de igualar o dólar americano o euro está em queda face ao rublo, aumentando o valor da moeda russa.

Segundo o jornal "Financial Times", o rublo caiu para quase 118 em relação ao dólar norte-americano nas negociações de 28 de fevereiro. Os dados da Bloomberg revelam ainda que a taxa de câmbio recuperou para cerca de 105 rublos, naquilo que os participantes do mercado descreveram como condições de negociação profundamente tensas que dificultavam a venda de estrangeiros.

Para colmatar perdas, o banco central russo já tinha subido os juros para mais do dobro, além de ter imposto controlos de capitais. Até agora, o efeito mais visível das sanções económicas ocidentais à Rússia foi mesmo a cotação do rublo, que caiu até aos 29% nesse dia de negociações.

Ainda assim, e apesar dos embargos ao petróleo russo, a verdade é que, quer face ao dólar quer face ao euro, o rublo está a recuperar para os valores de 2020, de acordo com o "Google Finanças": no primeiro trimestre desse ano, o rublo russo variou, para 1 euro, entre os 69 e os 88 rublos; neste momento, a 5 de agosto de 2022, cifra-se nos 61,63, numa tendência de ganhos consecutivos face ao euro.

Para a publicação em análise, a fonte utilizada também foi o "Google Finanças", onde se verifica que, além de o rublo estar a subir em relação ao euro, esta última moeda continua a desvalorizar face ao dólar: três semanas depois de terem atingido a paridade pela primeira vez em 20 anos, o dólar norte-americano variou, para 1 euro, entre os 1,025 dólares no início do dia 5 de agosto e os 1,018 no final do mesmo dia.

Apesar desta rápida e recente recuperação do rublo face às duas principais moedas do ocidente, ao "Financial Times", em abril deste ano, Natalya Zubarevich, diretora do programa regional do Instituto Independente de Política Social, considera que não há forma de a Rússia escapar às sanções. O problema, refere, é que as pessoas esperam resultados "muito rápidos", sendo que "as sanções não funcionam rapidamente" e "terão efeito ao longo de meses, não dias".

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