“[António] Costa e sua corja vão gastar 32 milhões de euros para substituir os cadernos eleitorais para aldrabar o povo nas próximas eleições. Não aceite o voto eletrónico“, destaca-se num post de 7 de setembro no Facebook.
Esta alegação tem fundamento? Confirma-se que o Governo vai “gastar 32 milhões de euros” para implementar “o voto eletrónico” nas próximas eleições?
De facto, no dia 24 de agosto, o Governo anunciou ter autorizado a compra de 29 mil computadores que estarão em funcionamento nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, agendadas para maio/junho de 2024.
Ou mais especificamente, autorizou uma “despesa até ao montante máximo de 23.200.000 euros (acrescidos de IVA) para a aquisição de 29 mil equipamentos informáticos para as eleições europeias de 2024″.
Segundo o comunicado do Governo, “as 13.500 assembleias de voto constituídas serão dotadas dos equipamentos necessários para a desmaterialização dos cadernos eleitorais“.
“Esta autorização permitirá à Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna – a quem compete a organização dos processos eleitorais de âmbito regional, nacional e da União Europeia -, dotar as 13.500 assembleias de voto constituídas com os equipamentos informáticos necessários para que a eleição de 9 de junho do próximo ano para o Parlamento Europeu ocorra já sem cadernos eleitorais físicos“, informou.
O objetivo do Governo “é que nesse ato eleitoral seja possível a utilização de cadernos eleitorais desmaterializados em todas as assembleias de voto, ou seja, uma versão digital em computador. O que permitirá agilizar o direito de voto, exercer o exercício do direito de voto em mobilidade, no dia da eleição, em qualquer mesa de voto constituída”.
“Há ainda um conjunto de medidas já em curso para implementação destes cadernos, como sejam a preparação de cursos de formação online e gratuitos para os cerca de 67.500 membros das mesas que normalmente apoiam as eleições a nível nacional”, concluiu.
Em suma, não está em causa a implementação de qualquer sistema de voto eletrónico. Trata-se apenas de um processo de desmaterialização dos cadernos eleitorais, através de equipamentos informáticos.
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