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Governo anunciou criação de PPP em “170 centros de saúde”, como disse Pedro Nuno Santos?

Política
O que está em causa?
Além de cinco hospitais, o Governo da Aliança Democrática (AD) estará a preparar o estabelecimento de novas Parcerias Público-Privadas (PPP) em 170 centros de saúde, de acordo com o líder do PS que criticou essa opção tomada "quando na realidade o problema central" do Serviço Nacional de Saúde (SNS) "é a falta de médicos".
© Agência Lusa / Filipe Amorim

No decurso de uma visita às instalações do novo Hospital de Sintra, que contou com um investimento da autarquia superior a 60 milhões de euros, a 18 de março, o secretário-geral do PS declarou aos jornalistas presentes que “os problemas no Serviço Nacional de Saúde não se resolvem da forma como a ministra [da Saúde] entendeu, anunciando cinco PPP nos hospitais, mais 170 em centros de saúde“.

Segundo Pedro Nuno Santos, isto “quando na realidade o problema central é a falta de médicos e a incapacidade do SNS recrutar e reter médicos”.

A alegação sobre os “170 centros de saúde” tem fundamento?

Não. Em resposta ao Polígrafo, o Ministério da Saúde explica que as Unidades de Cuidados Primários visadas por projetos de PPP incluem as Unidades de Cuidados na Comunidade, Unidades de Cuidados Domiciliários, Unidades de Saúde Infantil, Unidades de Saúde Internacional, Unidades de Saúde Pública, entre outras.

No total, informa o Ministério da Saúde, existem 683 Unidades de Saúde Familiar tipo B (USF-B) e 262 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), comummente denominadas como centros de saúde.

O Governo anunciou o lançamento de PPP em cinco Unidades Locais de Saúde (ULS) – Braga, Loures, Vila Franca de Xira, Amadora-Sintra e Garcia de Orta – que abrangem 132 centros de saúde (USF-B e UCSP).

Ou seja, um número inferior ao indicado por Pedro Nuno Santos.

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Avaliação do Polígrafo:

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