“Nenhum representante do Governo esteve presente no funeral de Nuno Santos, o trabalhador atropelado na A6 por uma viatura oficial do MAI. São episódios infelizes e cruéis como este, que revelam, mais uma vez, a absurda e repugnante desumanidade de alguns membros do XXII Governo”, lê-se no tweet de 24 de junho, publicado por Rui Pinto.
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No dia 18 de junho, de facto, uma viatura oficial do MAI esteve envolvida num acidente na A6, auto-estrada que liga Marateca a Caia. No automóvel seguia o ministro Eduardo Cabrita que regressava a Lisboa depois de uma visita a Évora.
Do acidente resultou a morte de um funcionário ao serviço da Brisa. Nuno Santos, de 43 anos, realizava trabalhos de manutenção nessa auto-estrada quando foi atropelado.
Em comunicado emitido no mesmo dia, o MAI indicou que “a viatura não sofreu qualquer despiste” e que “circulava na faixa de rodagem, de onde nunca saiu, quando o trabalhador a atravessa“.
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“O trabalhador atravessou a faixa de rodagem, próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma da auto-estrada. Não havia qualquer sinalização que alertasse os condutores para a existência de trabalhos de limpeza em curso”, alegou o MAI.
Questionada pelo Polígrafo sobre se algum representante do Governo marcou presença no funeral de Nuno Santos, fonte oficial do MAI responde que “em total respeito pela dor da família e necessária privacidade, o Ministério da Administração Interna decidiu não estar presente no funeral de Nuno Santos, deixando o momento estritamente reservado aos familiares e amigos“.
De resto, o MAI assegura ter “contactado telefonicamente a viúva de Nuno Santos, a quem o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, enviou também uma carta de condolências e uma coroa de flores“.
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Avaliação do Polígrafo: