“Embriagado e com habilitação vencida o filho de Fátima Bernardes atropela e mata cidadão. A lei não é para todos, quem tem dinheiro sai ileso filhinho de papai paga 50 mil e é liberado, canalhas hipócritas da Globo lixo esgoto sujo.” É este o teor de um post publicado no Facebook, que denuncia o facto de o filho de William Bonner e de Fátima Bernardes, duas das maiores estrelas da televisão brasileira, ter alegadamente atropelado uma mulher, deixando-a tetraplégica.
O post foi denunciado como falso por utilizadores daquela rede social e o Polígrafo passa à sua verificação.
Será mesmo verdade que o filho das vedetas da Globo foi protagonista do episódio relatado?
A resposta é negativa e a história não é actual, tendo sido já várias vezes desmentida por jornais brasileiros (veja aqui a verificação de factos da plataforma e-farsas). De facto, Vinicius Bonner teve um acidente automóvel no dia 3 de janeiro de 2019 enquanto voltava de uma viagem a Búzios. Tratou-se de um acidente aparatoso, uma vez que o seu veículo – um Volkswagen Golf – colidiu contra um camião e ainda contra outro carro.
Não é verdade que do acidente tenha resultado um morto ou uma mulher tetraplégica. Quem ficou mais gravemente ferido foi um amigo de Vinicius que dormia no banco traseiro, Giuliano Castro. Segundo a ‘Folha de S. Paulo’, Fátima Bernardes ajudou financeiramente no tratamento médico do jovem.
O boato posto a circular garante ainda que a carta de condução de Vinicius estava caducada no momento do acidente, o que é verdade — no entanto, o documento estava “dentro do prazo de 30 dias durante o qual a lei brasileira prevê a possibilidade de renovação sem multa”. Outra conclusão policial: o condutor do veículo não estava embriagado.
Por fim, outra informação falsa: ao contrário do que é afirmado, o caso não foi abafado, tendo sido noticiado por vários órgãos de comunicação social.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é: