Com milhares de reações, a publicação no Facebook começa por salientar que “um estudo inovador usando tecnologia avançada de radar revelou uma vasta e intrincada estrutura subterrânea sob as Pirâmides de Gizé!”
“Os cientistas Corrado Malanga, da Universidade de Pisa e Filippo Biondi, da Universidade de Strathclyde, usaram tomografia de radar de abertura sintética (SAR) para escanear a Pirâmide de Quéfren e encontraram um sistema subterrâneo que se estende aproximadamente dois quilómetros abaixo de todas as três pirâmides“, realça-se.
Para depois concluir: “Alguns pesquisadores especulam que as pirâmides podem ter tido propósitos além de servir como tumbas, potencialmente aproveitando a energia natural da Terra ou até mesmo agindo como antigos geradores de energia.”
Esta história tem algum fundamento?
Não. Vários especialistas indicaram à AFP Checamos que esta teoria não tem comprovação.
“As pirâmides são estruturas monumentais de pedra, construídas sobre um planalto”, explicou Jean-Guillaume Olette-Pelletier, doutor em egiptologia pela Universidade Paris-Sorbonne. “Elas foram então escavadas ou convertidas para abrigar câmaras funerárias e sepulcrais, mas não há evidências de redes subterrâneas tão profundas quanto as mencionadas”.
Por sua vez, Zahi Hawass, arqueólogo e ex-ministro egípcio de Antiguidades, também refutou as alegações numa publicação feita no Facebook, em 26 de março de 2025.
“Os rumores que sugerem a presença de colunas sob a Pirâmide de Quéfren não passam de invenções propagadas por indivíduos sem conhecimento algum da civilização egípcia antiga ou da história das pirâmides”, escreveu.
Indicou também que nenhum investigador utilizou dispositivos de radar dentro da pirâmide, ao contrário do que se alega nas redes sociais.
“Não há evidências científicas que sustentem essas afirmações. E nenhuma missão arqueológica está atualmente a trabalhar dentro da Pirâmide de Quéfren”, concluiu.
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