“Alguém que não é português e que recebe dos nossos impostos! A reforma junta dos meus pais não chega a este valor! Será justo?”, indica-se numa publicação que tem circulado de forma viral nos últimos dias em várias redes sociais.
A acompanhar a alegação é exposto um vale no valor de 911,70 euros de prestação social para, segundo se aponta em várias publicações, um “imigrante” de São Teotónio, em Odemira.
Mas será que a imagem é verdadeira?
Sim, a imagem é verdadeira, mas parte de uma narrativa errada: a de que o beneficiário, além de não ser português, recebe mais do que aquilo que a lei permite ou que o valor é injusto. Esta premissa não corresponde à realidade.
Contactado pelo Polígrafo, o Instituto da Segurança Social assegura que o beneficiário “em apreço cumpre todas as condições legais para receber o subsídio que lhe foi atribuído”, uma informação que o Polígrafo confirmou, depois de ter acesso a informações que asseguram que os valores estão dentro das condições legais tendo em conta as contribuições do sujeito.
O vale, que está a ser partilhado totalmente fora do contexto, já gerou uma onda de indignação, racismo e xenofobia que não encontra sustentação lógica nos dados conhecidos.
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Avaliação do Polígrafo: