"O financiamento das escolas é tanto que as escolas tiveram de privatizar os recreios para poderem pagar a manutenção diária". Esta é a justificação apresentada no Twitter para o facto de uma escola pública estar, alegadamente, a alugar um campo de padel.

No tweet, de 5 de junho, alega-se que o espaço desportivo "não é para as crianças" e que  "foi construído por quem o aluga a adultos".

O relato corresponde à realidade?

Nos comentários do post em análise revela-se qual o estabelecimento escolar em causa. Trata-se da Escola Básica de Telheiras, localizada em Lisboa. Fonte oficial do Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira, no qual a escola está integrada, confirma isso mesmo. Mas esclarece: "O campo faz parte das instalações desportivas da escola e não do espaço de recreio."

Confirma também que "o espaço é alugado fora do horário letivo da escola" e que é explorado por uma "empresa desportiva". Questionada sobre qual o destino das verbas obtidas através deste serviço de aluguer, a mesma fonte refere que a verba "é considerada receita própria, declarada e entregue ao Instituto de Gestão Financeira da Educação, para posteriormente ser usada no que as Direções/Coordenações entenderem para melhoria das condições escolares (adquirir material didático, desportivo, etc)".

Refere ainda que, à data, "qualquer espaço do agrupamento que esteja disponível para alugar surge anunciado com preçário próprio no site da escola (campos, auditórios, salas...)". Por outro lado, defende não ser verdade que o campo de padel não possa ser utilizado pelos alunos da escola. "O campo faz parte das instalações desportivas da escola e é utilizado sempre que qualquer professor da disciplina de Educação Física assim o entenda", garante o agrupamento.

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