O Bloco de Esquerda publicou na página oficial do partido no Instagram um post no qual criticou um suposto aviso da embaixada dos EUA em Portugal que dizia que “quem quer entrar no país deve ajustar as definições de privacidade nas redes sociais para ´público´”.
“A indicação destina-se às pessoas que solicitem visto de não imigrante, com o objetivo de ´facilitar a avaliação necessária para determinar a admissibilidade nos Estados Unidos´”, lê-se num dos slides da publicação do partido na rede social.
Será verdade?
Sim. No dia 28 de junho, a embaixada dos Estados Unidos em Portugal publicou nas suas redes sociais oficiais um aviso onde se lê: “Com efeito imediato, todos os indivíduos que solicitem um visto de não imigrante F, M ou J devem ajustar as definições de privacidade em todas as suas contas de redes sociais para ´público´”.
A embaixada esclarece na mesma publicação que o propósito do pedido é o de “facilitar a verificação necessária para estabelecer a sua identidade e a admissibilidade nos Estados Unidos ao abrigo da legislação dos EUA”.
O visto de não imigrante F serve para pessoas que entrem nos Estados Unidos para estudar em instituições de ensino como universidades, escolas secundárias ou conservatórios. O visto M destina-se a quem ingresse numa instituição vocacional ou não académica. Por último, os vistos J são para pessoas que participem em programas de intercâmbio.
De acordo com o aviso, desde 2019 que os EUA pedem aos requerentes de visto que forneçam identificadores de redes sociais nos formulários de pedido de visto. “A omissão de informações sobre as redes sociais pode levar à recusa do visto e à inelegibilidade para futuros vistos.”
A publicação do BE no Instagram é, portanto, verdadeira. A Embaixada dos EUA em Portugal pediu, efetivamente, aos requerentes de visto de não imigrante para ajustarem as definições de privacidade nas redes sociais para “público”.
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