Numa publicação feita nas redes sociais, a candidata do PS à Câmara Municipal de Bragança, Isabel Ferreira, elencou uma série de “desafios” que as escolas brigantinas enfrentam e que, considerou, devem ser priorizados. No entanto, sublinhou também os bons resultados do concelho ao nível das taxas de retenção e abandono escolar.
“As taxas de retenção e abandono escolar em todos os níveis de ensino têm diminuído significativamente no concelho de Bragança”, apontou a candidata autárquica. Mas será que se confirma?
De acordo com os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), a taxa de retenção e desistência por nível de ensino era, no ano letivo de 2022/23 (informação mais recente), de 1,8% no 1.º ciclo, 2,3% no 2.º ciclo e de 2,8% no 3.º ciclo. No ensino secundário, este valor era de 7,4%.
Estes números são inferiores aos que se verificavam uma década antes, no ano letivo de 2013/2014. No 1.º ciclo a taxa de retenção e desistência era de 4,5% (mais 2,7 pontos percentuais), no 2.º ciclo era de 11,5% (mais 9,2 p.p), no 3.º ciclo era de 9,2% (mais 6,4 p.p) e no secundário era de 21,3% (13,9 p.p).
No entanto, no 1.º e 2.º ciclos registaram-se subidas nestes valores entre os anos letivos de 2021/22 e 2022/23. No primeiro caso de 1,2% para 1,8%; no segundo caso de 1,4% para 2,3%.
Confirma-se, portanto, que a afirmação de Isabel Ferreira é verdadeira. Em Bragança, as taxas de retenção e abandono escolar diminuíram em todos os níveis de ensino nos últimos dez anos. No entanto, nos 1.º e 2.º ciclos houve ligeiras subidas no último ano letivo para o qual a DGEEC tem dados.
______________________________
Avaliação do Polígrafo:
