Nas palavras do líder do Partido Socialista (PS), este é apenas o início do caminho “para recuperar o poder” e para construir uma “maioria que nos permita [ao PS] governar Portugal”. Na noite de ontem, de uma sala do Hotel Altis, em Lisboa, Pedro Nuno Santos adiantou que não vai facilitar a vida à Aliança Democrática e que a coligação não deve contar com os socialistas para aprovar orçamentos.
“A AD que não conte com o PS para governar. Não somos nós que vamos suportar um governo da AD. Que fique claro que não vai haver divisão no PS. Não vamos ceder a nenhum tipo de pressão. O nosso projeto para o país não é compatível. É alternativa ao projeto da AD. Não é a nós que têm de pedir para suportar um governo. A pressão virá, mas vamos aguentar-nos firmes a defender os nossos valores”, afirmou o líder do PS aos jornalistas.
Se cumprir a primeira promessa da noite eleitoral, Pedro Nuno e a esquerda (se o Chega ajudar) podem chumbar o documento do Governo de Luís Montenegro. Seria a segunda vez em 50 anos de democracia, depois de, em outubro de 2021, BE e PCP terem chumbado o Orçamento do Estado apresentado pelo Executivo de António Costa. Os parceiros à esquerda do PS acusaram Costa de querer convocar eleições – para arriscar uma maioria absoluta – e os socialistas ficaram mesmo a ganhar. Em 2022 conseguiram governar sozinhos, uma solução que não durou muito tempo e que culminou na dissolução da Assembleia da República.
_____________________________
Avaliação do Polígrafo: