“Paragem de um lado, portas do MetroBus do outro. Um episódio que exemplifica bem tudo o que está de errado em Portugal”, lê-se num “tweet” partilhado no X, em que se sugere que os passageiros só podem sair de um dos lados do veículo.
O post, que vem acompanhado por um vídeo que mostra o trajeto da primeira fase do MetroBus do Porto, acumulou mais de 200 mil visualizações e levou vários internautas a contestarem a ideia que estava a ser transmitida.
Mas afinal este meio de transporte conta ou não com portas em apenas um dos lados?
Não. Ao assistir ao vídeo na íntegra, percebe-se que essa ideia é falsa: ao contornar uma rotunda, fica visível o lado inicialmente oculto, confirmando que este também possui portas.
As imagens foram gravadas entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira da semana anterior durante o arranque dos ensaios do MetroBus, com o primeiro veículo a percorrer todo o percurso da ligação Boavista – Império, ao longo das avenidas da Boavista e do Marechal Gomes da Costa. Num vídeo partilhado na conta oficial do X da Metro Porto vê-se com maior detalhe as características do veículo.
Contactada pelo Polígrafo, a Metro do Porto esclareceu que os veículos do MetroBus possuem duas portas em ambos os lados, “embora a entrada e saída de passageiros vá acontecer sempre pelas portas à esquerda, ou seja, do lado das estações, nos dois sentidos da viagem a ser realizada entre a Casa da Música e a Praça do Império”.
“O sistema metrobus, de resto, procura integrar algumas das caraterísticas mais conhecidas da operação do Metro do Porto. Entre elas está precisamente a possibilidade de tanto a entrada como a saída de passageiros ser feita em simultâneo por duas portas, uma vez que a validação dos títulos vai acontecer nas estações e não no interior das viaturas, conforme ocorre num serviço de autocarros normal. “, referiu a respetiva entidade.
O MetroBus do Porto será um serviço de autocarros a hidrogénio que vai ligar a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona – na segunda fase – em 12 e 17 minutos, respetivamente. De acordo com a Lusa, o conjunto dos veículos e do sistema de produção de energia custaram 29,5 milhões de euros e a empreitada do MetroBus cerca de 76 milhões de euros.
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Avaliação do Polígrafo:
