“O teste não deteta o vírus mas sim o material genético. Daí os falsos positivos, porque apesar de não terem o vírus ativo, já estiveram infetados e o material genético está lá na mesma”, indica-se na mensagem em questão.
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Mas será que esta informação está correta?
Questionado pelo Polígrafo, Celso Cunha, virologista e professor no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, explica que “os testes de diagnóstico baseados em PCR [conhecidos como ‘teste da zaragatoa’] que são efetuados detectam apenas o material genético do vírus. Como qualquer teste similar para diagnóstico viral. E sim, isto é elementar e não é novidade nenhuma”.
Celso Cunha sublinha que “não há tantos falsos positivos quanto isso“. Contudo, admite que é possível que haja deteção de material genético “que não corresponda também à presença de vírus”, embora seja “muito pouco provável“.
Em suma, é de facto possível que os testes PCR detectem material genético que não indique a presença do vírus. Contudo, como realça Celso Cunha, é muito pouco provável que tal aconteça.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é: