- O que está em causa?O economista Joaquim Sarmento, "ministro-sombra" das Finanças do PSD, é quem alerta para tais números no Twitter, baseando-se na proposta de Orçamento do Estado para 2022. "A despesa primária sem medidas de emergência e pontuais passou de 84,7 mil milhões em 2019 para 98,7 mil milhões de euros em 2022. Ou seja, subiu em três anos cerca de 14 mil milhões. Passou de 39,7% para 43,6% do PIB", escreveu. Confirma-se?
"Os números do Orçamento do Estado para 2022 são de facto aterradores, como se constata da tabela abaixo. A despesa primária sem medidas de emergência e pontuais passou de 84,7 mil milhões em 2019 para 98,7 mil milhões de euros em 2022. Ou seja, subiu em três anos cerca de 14 mil milhões de euros. Passou de 39,7% para 43,6% do PIB", destacou Joaquim Sarmento, num tweet de 16 de outubro que foi partilhado por Rui Rio, líder do PSD.
Os números indicados estão corretos?
Consultando a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), mais precisamente o Relatório do OE2022, encontramos os números em causa no "Quadro 3.1. Conta das Administrações Públicas, 2021-2022".
De facto, a despesa total primária sem medidas de emergência e one-off passou de 84.680 milhões de euros em 2019 para 98.670 milhões de euros na proposta de OE2022. O que perfaz um aumento de 13.990 milhões de euros.
"Em 2022, o Governo aposta num grande impulso macroeconómico derivado da política orçamental que assenta num aumento significativo do investimento público, de medidas de apoio ao rendimento das famílias e medidas de incentivo ao investimento privado e à inovação das empresas. Este impulso orçamental reflete-se no aumento da despesa total primária corrigida de medidas de emergência (e outras one-off) que apresenta um crescimento de 8,4% face a 2021, realçando o contributo significativo da política orçamental para a recuperação económica", justifica-se no documento.
Ou seja, confirma-se que os números indicados no tweet de Sarmento estão corretos.
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