“Herança socialista. Desemprego jovem em 22%, continua o quinto mais elevado da Europa e com imigração anual jovem em 30 mil”, destaca-se num post de 11 de agosto no Facebook, indicado ao Polígrafo para verificação de factos.
Esta alegação sobre o desemprego jovem em Portugal tem fundamento?
De acordo com o último boletim de “Estatísticas do Emprego” do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado a 7 de agosto, a população empregada (5.099,9 mil pessoas) aumentou 0,8% (40,5 mil) no 2.º trimestre de 2024, em comparação com o trimestre anterior, e 1,0% (48,5 mil) relativamente ao trimestre homólogo de 2023.
Quanto à população desempregada, estimada em 332,0 mil pessoas, diminuiu 10,2% (37,6 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentou 0,8% (2,7 mil) relativamente ao homólogo. A taxa de desemprego foi estimada em 6,1%, valor inferior em 0,7 p.p. ao do 1.º trimestre de 2024 e igual ao do 2.º trimestre de 2023.
Por sua vez, a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos) foi estimada em 22%, tendo diminuído em relação ao trimestre anterior (1,0 p.p.) e aumentado relativamente ao trimestre homólogo (4,7 p.p.).
Os últimos dados do Eurostat ainda são referentes ao 1.º trimestre de 2024. No que respeita ao desemprego jovem, Portugal tinha a quarta taxa mais elevada (22,4%) entre os 27 Estados-membros da União Europeia, superada apenas pelas da Espanha (27,4%), Grécia (25,2%) e Suécia (24,3%).
Em suma, a publicação em causa apresenta informação correta, apesar de uma ligeira imprecisão na referência ao “quinto mais elevado”.
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Avaliação do Polígrafo: