Na perspetiva de António Pinto Pereira, deputado do Chega, “foi Sebastião Bugalho como podia ter sido Paulo Futre ou Ricardo Araújo Pereira”. Refere-se ao jovem escolhido para encabeçar a lista de candidatos da Aliança Democrática (AD) nas eleições para o Parlamento Europeu. Através de publicações nas suas páginas em várias redes sociais, Pereira critica essa escolha, recorrendo a insultos pessoais e uma mentira em destaque: diz que não tem “sequer uma licenciatura”.
“Bugalho é, acima de tudo, um bom vendedor. Um imberbe convencido e com ares de senhor de idade. Mas sem conhecimentos, sem sequer ter uma licenciatura (ao que vi), sem estrutura científica, sem experiência de vida, sem ter trabalhado com horários e funções, sem dimensão, numa palavra, que concorre a um cargo porque almeja ir receber (15.000 euros) o que um licenciado em Portugal nunca irá ganhar ao fim de uma vida intensa de trabalho (1.500 euros)”, escreveu Pereira.
Esta alegação falsa sobre a licenciatura de Bugalho já tinha sido difundida anteriormente. No final de abril, em publicação no X/Twitter, André Azevedo Alves, professor associado do Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica Portuguesa, fez questão de testemunhar que foi professor do ex-jornalista e agora candidato da AD no âmbito da licenciatura em Ciência Política & Relações Internacionais do referido IEP.
“Como é público, terminou a licenciatura. Posso acrescentar que foi um bom aluno, apesar da natural dificuldade para conciliar estudos com trabalho na parte final”, assegurou Alves.
De resto, o Polígrafo contactou fonte da candidatura de Bugalho e obteve acesso ao respetivo certificado de licenciatura, datado de 29 de janeiro de 2018.
Pelo que não restam dúvidas quanto ao grau académico do visado. E assim classificamos a alegação do deputado do Chega com o selo de “Falso“.
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Avaliação do Polígrafo: