A gestão da pandemia e as condições do Serviço Nacional de Saúde foram os temas dominantes do debate para as eleições presidenciais entre Vitorino Silva, ex-autarca da freguesia de Rans e fundador do partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), e João Ferreira, eurodeputado pelo Partido Comunista Português (PCP).

“O Governo não pode inventar ventiladores. Não pode inventar médicos. Se neste momento é preciso mais gente, é meter mais gente. E onde é que é preciso mais gente? É na Saúde. Neste momento, o problema central, não só de Portugal como do mundo, é a falta de meios na Saúde. E é onde temos que investir”, afirmou Vitorino Silva.

João Ferreira concordou com o adversário, mas realçou aquilo que considera ser “uma lição” a tirar da pandemia. “Eu gostava de dizer algumas coisas sobre isso. Olhando para o mundo, há uma lição que nós temos que tirar desta pandemia. Nós olhamos para países que são dos países mais ricos do mundo… A maior economia do mundo é os Estados Unidos, mas onde na saúde, ao contrário do que acontece em Portugal, não existe um serviço nacional de saúde público, geral, universal e tendencialmente gratuito. Há um mercado de saúde em que as pessoas vão pagando seguros de saúde. Quem pode, paga e tem saúde. Quem não pode pagar, pudesse e não tem os cuidados que devia. E nós vemos que num país que é a maior economia do mundo, que era aquele que mais meios teria para proteger a sua população, tem hoje essa população extremamente vulnerável. É o país com mais mortes no mundo por Covid-19. Isto deve constituir para nós uma lição", defendeu o candidato a Belém apoiado pelos comunistas.

Confirma-se que os EUA têm mais mortes por Covid-19 do que qualquer outra país no mundo?

De acordo com dados da conceituada Universidade de Medicina Johns Hopkins, sediada em Baltimore, no estado norte-americano de Maryland, a afirmação do candidato apoiado pelo PCP é verdadeira.

Até às 00h00 deste domingo, 10 de janeiro, tinham morrido 371.862 pessoas por causa do novo coronavírus nos EUA. O Brasil é o segundo país com mais mortes (201.460), seguindo-se a Índia com 150.798 óbitos confirmados durante a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2.

Também foi nos EUA que se registaram mais casos da doença, com 22.086.439 infetados. Depois, segue-se a Índia com menos de metade de casos positivos (10.431.639) e, em terceiro lugar, surge o Brasil com 8.431.639 infetados.

Em Portugal, a realidade dos números é muito diferente: até ao final do dia de sábado (9), foram registados 476.187 casos positivos e confirmadas 7.701 mortes.

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