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DEBATES 2025. Rui Rocha: “Quem tem hoje 30 anos terá uma primeira pensão equivalente a 40% do seu último salário”

Política
O que está em causa?
Os cálculos não têm em conta a totalidade dos anos de desconto, o que significa que a perda não será tão grande se trabalhar consecutivamente até à reforma. No entanto, as estimativas da Comissão Europeia mostra, como disse ontem Rui Rocha, que os portugueses na faixa dos 30 anos correm o risco de perder 60% do seu rendimento no trabalho quando chegarem à reforma.

O líder dos liberais repetiu, ontem à noite em debate na CNN Portugal, uma frase a que tem recorrido nos últimos tempos. Sobre a sustentabilidade da Segurança Social, Rui Rocha afirmou que “quem tem hoje 30 anos terá uma primeira pensão equivalente a 40% do seu último salário”. Será assim?

Em causa estimativas de analistas da Comissão Europeia sobre os sistemas de pensão de velhice em 2060, ou seja, daqui a 35 anos. Nessa altura, a pensão dos portugueses (em média, já que dependerá dos anos de descontos) deverá passar para um valor equivalente a 40,1% do último ordenado. Ou seja, Rui Rocha tem razão.

Em 2050, daqui a 25 anos, o valor é ainda mais crítico: prevê-se uma reforma média de 38,5% do último salário. Já em 2070, esta percentagem deverá rondar os 38,9%. Contas feitas, é verdade que alguém com “30 e poucos anos de idade” hoje, que se deverá reformar perto dos 70 anos, pode perder praticamente 60% do seu rendimento face ao último salário recebido (já que só receberá 40% desse valor). Na prática, um último salário de 1.500 euros pode resultar numa pensão de 601,5 euros. No entanto, importa notar que estas estimativas só devem verificar-se se não houver qualquer mudança no Sistema da Segurança Social.

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Avaliação do Polígrafo:

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