Para o líder dos liberais, o partido de Rui Tavares veste uma máscara que não corresponde à realidade dass políticas que defende e estará algures “entre a foice e o martelo”.
Rui Rocha apresentou uma “nota de irresponsabilidade” a Rui Tavares ontem à noite no debate com o porta-voz do Livre, na CNN. E justificou: “Porque as pessoas quando votam no Livre pensam que estão a votar num partido europeu, verde, progressista… mas quando o fazem estão a entregar o seu voto ao Bloco de Esquerda e ao PCP.”
Segundo o liberal, “o Livre votou a favor da proposta do congelamento das rendas proposta pelo Bloco de Esquerda”, que Rocha considera ser “mais um ataque aos jovens deste país”. Será assim?
Sim. De facto, o Livre esteve sempre ao lado do Bloco quando o partido apresentou, na AR, projetos para criar um limite às rendas. No entanto, só houve uma vez em que os bloquistas pediram o “congelamento” efetivo das rendas. Aconteceu no final de 2023, quando Mariana Mortágua pediu que “o aumento das rendas em 2024” fosse “congelado ao valor que era em 2021, antes do surto inflacionista”. O projeto de Lei n.º 950/XV/2.ª, que criava um “limite para o aumento das rendas em 2024”, foi uma vez mais apoiado pelo Livre.
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Nota Editorial: Artigo atualizado às 18h de 14 de abril para acrescentar informação sobre o único pedido de congelamento das rendas apresentado pelo Bloco de Esquerda.
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Avaliação do Polígrafo: