O primeiro jornal português
de Fact-Checking

DEBATES 2025. Pedro Nuno Santos: “Viabilizámos a eleição do presidente da AR, um orçamento e chumbámos duas moções de censura”

Política
O que está em causa?
No debate frente-a-frente com Luís Montenegro, o secretário-geral do PS defendeu que o Governo não podia considerar que os socialistas representavam um "fator de instabilidade". Sustentou a afirmação com o facto de o PS ter viabilizado a eleição de José Pedro Aguiar-Branco, o OE2025 e ter chumbado duas moções de censura ao Governo. Confirma-se?

“Como é que Luís Montenegro pode garantir estabilidade política, prometer estabilidade política ao país, quando nós assistimos àquilo que aconteceu nos últimos dois meses?”, começou por questionar Pedro Nuno Santos, esta quarta-feira, no debate frente-a-frente com o líder da AD, Luís Montenegro. “Ao menor aperto que sentiu, atirou o país para eleições”.

O secretário-geral socialista defendeu ainda que o Governo “não pode acusar o PS de ser fator de instabilidade”, acrescentando: “Viabilizámos a eleição do presidente da Assembleia da República, viabilizámos um orçamento, chumbámos duas moções de censura.” Mas terá sido mesmo assim?

Por partes: em março de 2024, o PS e PSD – depois de um conturbado processo de eleição do novo presidente da Assembleia da República (AR) – comprometeram-se, como noticiou o “Público”, com um sistema de presidência rotativa. Durante os primeiros dois anos de legislatura, seria o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco a exercer funções de presidente da AR. No restante tempo, o cargo passaria para um nome indicado pelo PS. Aguiar-Branco acabou eleito com 160 votos a favor.

Uns meses mais tarde, a 29 de novembro, o Orçamento do Estado para 2025 foi aprovado no Parlamento com votos favoráveis do PSD e CDS e com a abstenção do PS, que viabilizou, como afirmou Pedro Nuno Santos no debate, o documento.

Por último, é verdade que os socialistas votaram contra a moção de censura apresentada pelo Chega, a 21 de fevereiro de 2025. No entanto, umas semanas mais tarde, a 5 de março, abstiveram-se na votação da moção apresentada pelo PCP – não votaram contra, como afirmou o secretário-geral do PS.

_____________________________

Avaliação do Polígrafo:

Partilhe este artigo
Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Relacionados

Em destaque