Esta segunda-feira de manhã, no debate das rádios que juntou os oito líderes dos partidos e coligações com assento parlamentar, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi confrontado com o facto de as últimas sondagens não mostrarem cenários muito favoráveis a uma eventual vitória dos socialistas nas urnas a 18 de maio.
Em resposta, Pedro Nuno Santos desvalorizou. “Estava a ver a tracking poll da CNN/TVI do ano passado e seis dias antes dava-nos nove pontos de diferença. Ficamos a 0,8”, começou por afirmar. “A da Católica, três dias antes do dia 10, dava-nos seis pontos de diferença. Ficamos a 0,8. Portanto eu não perco o tempo com as sondagens”, concluiu.
Será verdade?
A distância referida por Pedro Nuno Santos corresponde às intenções de voto com distribuição proporcional de indecisos registadas nos dias 2, 3 e 4 de março na tracking poll realizada pela Duplimétrica para a TVI/CNN Portugal. De acordo com esta sondagem, nestes dias a AD reunia 36% das intenções de voto, enquanto que o PS se ficava pelos 27% – menos nove pontos percentuais, tal como referiu Pedro Nuno Santos.
Já na sondagem da Católica/CESOP para a RTP, Antena 1 e Público de 7 de março, nas estimativas de resultados eleitorais – calculada com base na percentagem de intenções diretas de voto e com redistribuição de indecisos – a AD chegava a 34% e o PS a 28% – uma diferença de seis pontos percentuais, como apontou o secretário-geral socialista.
Chegado o dia de eleições, com 28% dos votos, o PS ficou 0,84 pontos percentuais atrás da AD (incluindo os votos obtidos pela coligação entre PSD e CDS na Madeira, que não incluía o PPM). Arredondando às décimas, os 0,8 indicados pelo socialista.
A afirmação de Pedro Nuno Santos é verdadeira.
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