“O nosso cenário macroeconómico para este ano é muito mais próximo do Conselho de Finanças Públicas do que o do PSD”, afirmou André Ventura, líder do Chega, no debate de hoje contra Luís Montenegro, em representação da Aliança Democrática, transmitido na SIC.
Ventura referiu-se especificamente às projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A sua alegação tem fundamento?
No cenário macroeconómico subjacente ao programa eleitoral do Chega aponta-se para um crescimento de 2,4% do PIB em 2025. Por sua vez, no programa da Aliança Democrática aponta-se para um crescimento de 2,4% do PIB em 2025.
Quanto às últimas projeções do Conselho de Finanças Públicas (CFP), estimam um crescimento de 2,2% do PIB.
Em suma, não está “muito mais próximo”, mas precisamente à mesma distância.
Aliás, Ventura também se referiu depois ao crescimento das exportações e, nesse indicador, o programa do Chega aponta para um crescimento de 2,7% em 2025, acima da projeção do CFP que não vai além de 2,6%, ao passo que a Aliança Democrática é mais cautelosa e fica por 2,2%. O que também contraria o sentido da alegação de Ventura que procurava demonstrar que teria um programa mais “realista” do que o do rival. Ainda assim optamos pela classificação de “impreciso”.
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Avaliação do Polígrafo: