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DEBATES 2025. André Ventura: “O nosso cenário macroeconómico para este ano é muito mais próximo do CFP do que o do PSD”

Política
O que está em causa?
Montenegro acusou Ventura de "irresponsabilidade" por apresentar um programa eleitoral com "um impacto financeiro de 40 mil milhões de euros" que "colocaria o défice em 13%". Na resposta, o líder do Chega garantiu que "O nosso cenário macroeconómico para este ano é muito mais próximo do Conselho de Finanças Públicas do que o do PSD", apontando para as projeções de crescimento do PIB em 2025. Tem razão?

“O nosso cenário macroeconómico para este ano é muito mais próximo do Conselho de Finanças Públicas do que o do PSD”, afirmou André Ventura, líder do Chega, no debate de hoje contra Luís Montenegro, em representação da Aliança Democrática, transmitido na SIC.

Ventura referiu-se especificamente às projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A sua alegação tem fundamento?

No cenário macroeconómico subjacente ao programa eleitoral do Chega aponta-se para um crescimento de 2,4% do PIB em 2025. Por sua vez, no programa da Aliança Democrática aponta-se para um crescimento de 2,4% do PIB em 2025.

Quanto às últimas projeções do Conselho de Finanças Públicas (CFP), estimam um crescimento de 2,2% do PIB.

Em suma, não está “muito mais próximo”, mas precisamente à mesma distância.

Aliás, Ventura também se referiu depois ao crescimento das exportações e, nesse indicador, o programa do Chega aponta para um crescimento de 2,7% em 2025, acima da projeção do CFP que não vai além de 2,6%, ao passo que a Aliança Democrática é mais cautelosa e fica por 2,2%. O que também contraria o sentido da alegação de Ventura que procurava demonstrar que teria um programa mais “realista” do que o do rival. Ainda assim optamos pela classificação de “impreciso”.

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Avaliação do Polígrafo:

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