António Costa voltou esta tarde aos debates quinzenais para ser confrontado pelo PSD, que levou o PM a assumir, por exemplo, que se tinha expressado mal sobre a venda da TAP no contexto europeu. Já Costa, atirou ao PSD com aquilo que os sociais-democratas mais prezam: as empresas.

"A grande esperança da direita, de os socialistas conduzirem o país para o inferno, não aconteceu. Saímos foi do inferno quando deixámos de cortar salários e as pensões. Depois ensaiaram [PSD] uma segunda linha de marcação: a direita era amiga das empresas, os mercados tinham confiança na direita, enquanto que os socialistas afugentavam o investimento e os mercados", resumiu António Costa.

Logo a seguir, os números: "Todos os anos Portugal bateu o recorde de investimento empresarial e de atração de Investimento Direto Estrangeiro (IDE). Em 2022, o IDE foram 32 mil milhões de euros. E até junho deste ano, já tínhamos mais de metade de investimento empresarial do que aquilo que tínhamos tido o ano passado (...) Esta segunda linha também se esfumou."

Costa não pareceu seguro sobre o valor do IDE relativo ao ano passado: primeiro, falou em 22 mil milhões; depois interrompeu para subir para os 32 mil milhões de euros. Mas nenhum destes valores representa o indicador que o PM escolheu destacar: as transações de IDE não ultrapassaram os 8 mil milhões de euros em 2022. E em 2023, só no primeiro semestre, caíram 57% para os dois mil milhões de euros, mostra o Banco de Portugal (BdP).

Assim sendo, de onde vêm os 32 mil milhões de euros de Costa? Do investimento empresarial: em maio deste ano, em comunicado, o Governo anunciava que em 2022 foi fixado "um novo recorde de investimento em Portugal: 32 mil milhões de euros de investimento empresarial, que tem permitido a criação de um maior número de empregos mais qualificados".

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